Empreiteiro preso na Lava Jato deu R$ 6,8 mil em vinhos como presente a Jaques Wagner

A revista Istoé desta semana publica nesta semana uma reportagem bombástica que revela as estreitas relações do chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, com empreiteiros quando ainda era governador da Bahia. Em março de 2014, às vésperas da Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, encarregou Maria de Brotas Neves, secretária executiva da empresa, de providenciar um presente para o petista.
Segundo a reportagem, Maria de Brotas encomendou três garrafas do vinho Vega Sicilia Gran Reserva 2003, a R$ 2 mil a unidade, numa distribuidora de bebidas de São Paulo, para serem retiradas em Lauro de Freitas, na Grande Salvador. Era o aniversário de Wagner. O empresário fez um bilhete de próprio punho para ser entregue com a encomenda, em que felicitava o petista por mais um ano de vida. “Meu caro governador…”, escreveu Pessoa dois anos atrás, antes de ser preso.
A Istoé informa ainda que, nas agendas do empreiteiro, há referências diretas a pelo menos 12 encontros com o ex-governador entre 2011 e 2014. Há inclusive menção a uma reunião que o representante da UTC teria tido com um filho do petista. Em delação premiada, o empreiteiro afirmou que o atual ministro da Casa Civil era um dos governadores que estavam na “linha de interesse” da UTC Engenharia e, por isso, ajudou a financiar sua campanha. Em 2010, a UTC doou R$ 2,4 milhões à campanha de Wagner.

Nas próximas semanas, com o fim do recesso do Judiciário, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá pedir a abertura de inquérito para averiguar as denúncias contra Wagner. Vale lembrar que ele já estava na alça de mira dos procuradores por causa dos diálogos expostos pelo celular apreendido de Leo Pinheiro, ex-presidente da Construtora OAS.
Procurado pela revista, o chefe da Casa Civil confirmou os encontros com Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, para tratar do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, mas negou envolvimento em qualquer irregularidade. “O ministro Jaques Wagner tem relações institucionais com empresários, o que é importante para o diálogo e a convivência com os setores da produção sempre de forma transparente e digna. O ministro desconhece e repudia qualquer negociação de propina em benefício de quem quer que seja”, afirmou a nota enviada pela assessoria do ministro.
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